
Uma
educação diferenciada, com possíveis diferenças no agrupamento de alunos, nas
intervenções, com diferentes compromissos éticos e políticos, com mediação na e
para a aprendizagem, impõe decisões urgentes. Decisões distantes das que são
tomadas aleatoriamente pelos legisladores atuais, os quais decidem o que ensinar,
como agrupar, com que faixa etária isso deve ser feito. A falta de sintonia
entre
a
legislação, as discussões teórico/práticas, as expectativas dos pais e da
sociedade, têm nos colocado enquanto instituições educativas, enquanto
professores, em situação de
vulnerabilidade,
o que se reflete nas contradições observadas e elencadas nos diferentes processos
de formação.
Deixando a visão metafórica de lado e partindo para a
linguagem clara, significa dizer que o professor tem em suas mãos a matéria
prima bruta para a construção de qualquer sociedade: o ser humano. A escola,
por sua vez, representa o elo que deve apresentá-lo à sociedade, assim como
apresentar esse mundo novo e suas perspectivas a ele. À sociedade cabe enxergar
em si mesma o próprio processo avaliativo, retornando então à escola de forma
aperfeiçoada e desenvolvida.
Uma boa
combinação de conhecimentos, habilidades e atitudes geram um professor
competente para a complexa arte de educar. Assim, as formações docentes
precisam ir além dos aspectos intelectuais, e desenvolver o educador de uma
forma integral, considerando outras inteligências, como a emocional. Embora
pouco conhecidas, existem estratégias de aprendizagem eficazes para o
desenvolvimento de habilidades e atitudes e vários educadores ao redor do mundo
relatam os benefícios dessas formações.
“Ou a diferença pura se torna, de uma vez por todas, a principal argila
de
nosso trabalho pedagógico e curricular, ou seremos educadores perdidos,
à
deriva, fora de nosso tempo. E o que é mais grave: não estaremos
educando nossos alunos para um porvir plural e criativo, em que a educação faça
diferença cultural, em prol de uma vida mais digna de ser vivida e de
um
mundo de paz e justiça social”. (CORAZZA, 2002, p.6)
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